Nem sempre damos ao assunto a importância que ele merece. Mas a verdade é que, se não guardarmos o passado, ficamos sem presente e sem futuro. Perdemos tudo e deixamos de entender a vida.
As paisagens, as paredes, os caminhos e as coisas em que nos criámos, fazem parte de nós. Claro que o mundo muda e a vida traz coisas novas. Ainda bem. Mas as coisas velhas deveriam ser respeitadas, sempre que possível.
Isso nem sempre tem acontecido, desde que há 35 anos temos liberdade para escolher. E nem sempre os responsáveis pelas juntas de freguesia escolheram bem. Tentarei mostrar aqui alguns exemplos disso.
Pelo Terrenho passava, há perto de mil anos, uma estrada medieval, que ligava Moreira de Rei a Penela, e às terras da Lapa. Descia do Montrangão, passava na ponte velha de S. Sebastião, subia à Varela, seguia ao moinho velho do Vale Azedo, e ainda hoje existem 50 metros de pavimento perto de Mendo Gordo. Em vias de desaparecerem.
Podemos perguntar: - E para que é que isso serve hoje?! Para uma coisa muito importante, que é mostrar-nos o que era uma estrada há mil anos. Como é que os nossos tetravós se deslocavam.
As fotos mostram o pouco que resta dessa estrada, na subida dos Vales e no Vale Azedo. A nova capela de S. Sebastião foi construída em cima dela. Não foi uma boa ideia!
JC.