sexta-feira, 25 de junho de 2010

Palhoça do PASTOR

Trajo regional da beira alta,utilizado até ao principio dos anos 60, pelo menos na nossa terra. Ainda me lembro de ver pastores com este trajo. Os últimos a utilizá-la foram, o Luís e o Abel do ( ZÉ da Luísa) depois tudo isto desapareceu, as capas claro, os pastores esses ainda existem,. A cabana de pastor que aqui temos na foto, já fazia parte da colecção do blogue ,mas ela pertence à mesma época.  
A Palhoça compunha-se de várias peças , como aqui descrevemos já a seguir:
Capa de palha de junco entrançada, com amplo cabeção e saia; aberturas laterais para deixar passar os braços, frentes ajustadas com cordões feitos da mesma fibra. Polainitos da mesma palha, envolvendo as pernas a partir dos joelhos e atados com cordões no lado de dentro das pernas. 
Por ser uma capa, feita e usada em diferentes zonas do país, é conhecida com várias designações,todavia a sua forma permanece constante, sendo constituída por cabeção e saia. Após o devido tratamento, as fibras do centeio e do junco são entrançadas em sucessivas carreiras de modo a obter a forma e as dimensões desejadas. Depois de terminada, a palhoça é penteada com pente de ferro, para desemaranhar e abrir as fibras, conseguindo-se assim uma maior eficácia na protecção da chuva.
Esta capa é considerada, pelo seu modo de confecção, a peça de indumentária mais antiga no nosso país, remontando a sua origem ao período da proto-história.  
Fonte: Foto e parte do texto,Trajes Tradicionais

segunda-feira, 14 de junho de 2010

O FORNO DO TANQUE RESTAURADO

Aqui temos a prova que, "do velho podemos fazer novo". Sem servir há vários anos, foi agora restaurado e já está pronto para voltar a cozer pão.Pode ser que no mês de Agosto (se não for antes) se encontrem voluntários para cozer uma fornada, com bôla e tudo. Noutros tempos não havia mãos a medir, era de manhã cedo até à noite , estava sempre ocupado.
Havia quase sempre um ramalho espetado ao lado da porta, para as pessoas saberem que o forno ia ser utilizado e também para marcar a vez, normalmente as pessoas respeitavam" a vez"só havia uma que morava lá para a rua de Baixo, que gostava de passar à frente dos outros e isso dava direito a algumas zaragatas. Neste forno podiam cozer o pão de várias pessoas ao mesmo tempo , mas para isso o pão tinha que ter uma marca, para depois o conhecerem quando estivesse cozido, uns era com o dedo, fazia-se um buraco no centro , um belisco, Uma palha , uma caruma.... o problema é que as vezes com o calor a palha ardia.
Já a seguir temos em primeiro, uma foto tirada em 1950 ?,e em segundo uma tirada antes de ser restaurado. ******************************************************************************** Fotos de: Virginia C., Jorge C. e Delfim M.

terça-feira, 1 de junho de 2010

MINAS DE SEBADELHE














Nos anos 1940/ 1954? Eles eram 20, 30 ou talvez mais a subir a e descer a serra, com o farnel às costas, do Terrenho até Sebadelhe, uns de manhã, outros à noite. É que naquele tempo também já se trabalhava por turnos e para os que passavam na serra de noite, o gasómetro que aqui vemos na foto 3, era indispensável. O gasómetro é constituído por um reservatório com duas zonas, onde é colocado separadamente o carbureto e a água. A mistura destes dois elementos produz o gás, que é conduzido por um tubo ou mangueira, até ao queimador, que se encontra na parte da frente do gasómetro, este queimador tem normalmente associado um isqueiro piezo-electrico, que permite inflamar o acetileno, gerando assim a luz. De toda esta gente que ali trabalhou só já temos dois, espero por muito tempo. Este local foi abandonado durante muitos anos, mas agora como podem ver está preparado para receber o publico e pode-se ir de carro até lá. Um passeio que vale a pena, não só pela paisagem, como podem ver "em clicando nas fotos", mas também para recordar um pouco o lugar onde os nossos antepassados andaram vários anos a dar cabo do corpo. O minério que ali se extraia era o urânio, que naquela altura, em tempo de guerra, devia ser muito procurado.