terça-feira, 28 de abril de 2009

CHAFARIZ DO ADRO

Esta fonte que foi em tempos o lugar mais visitado da aldeia, tanto de dia como à noite. Se ir buscar água era o motivo principal, era também aqui se vinha e ainda se vem, para lavar a roupa e saber todas as novidades, enquanto se lava(va) a roupa. Dar de beber aos animais,(vacas, cavalos, burros......) . Molhar o " vassoiro que servia para varrer o forno antes de meter o pão. Brincar com os peixes cabeçudos que havia em volta do tanque do meio,eu fiz isto muita vez. Também os jovens tinham aqui um lugar ideal para encontrar as raparigas, que vinham buscar água, o numero de raparigas aumentava no tempo da apanha das castanhas porque vinham muitas criadas de fora,alguns namoricos começaram com certeza aqui e muitos anos depois ainda duram. 'Temos provas' As mães que por vezes estavam fartas de esperar pela a água, que nunca mais chegava a casa, vinham buscar as filhas e a frase era quase sempre a mesma, "rais ta partam, o que é que estas a fazer , com a idade que tens e já andas com a cabeça no ar, logo quando o teu pai chegar vais ver!!! e lá iam elas todas tristes para casa, no dia seguinte a historia repetia-se. ----------------------------------------------------------------------- E lembrem-se sempre " água não vigiada" não quer dizer "impropria para consumo"

quinta-feira, 23 de abril de 2009

LUGARES *** TERRENHO

*clic na imagem para ver melhor* Quintas, Hortas, Tapadas....... todos estes nomes teem um lugar neste retangulo, que como podem ver é o Terrenho.Quase todos eles nos nos deixaram uma ou várias imagens da nossa vida e ao recordá-los obriga-nos a revive-las, as boas e as outras.Por exemplo: Quando se comia à sombra de uma árvore, as regas, malhas, sacha do milho, batatas, semear as batatas, lavrar, cavar, arrancar as batatas, desfolhada do milho sobretudo quando era à noite,ir ao mato, beber água fresca num nascente,vindimas e tambem olhar para o caminho pra ver se o cesto com o almoço, ou a merenda já estava à vista.

Se esqueci de algum digam.

:Arais, a-do-bicem, a-do-Pisco, acarradoiro da lapinha,águas vivas, abadia, a-do-Marques,a-do-corceiro:

:Barrocais, boco,boiças,barreiro.

:Cabeça do lagar,caminho mau,crêspos, chão do pisão,catruno, casais, castelhana,campo da bola, cardosas, cravelha, chão das presas. :Dadas. :Estacão, eidos, eira da varela, eira das cortes, eira das trigueiras. :Fonte das almas, fonte do milho, fraga da raposa, fraga da gricha. :Hortas altas (rosmaninho)hortas da Menesa, horta do pinheiro, hortas do tanque, hortas do cabeço. :Lameiras, levada, lagariça, laja da seara,lapinhas. :Moragos, Maria Pequena,mestras,montrangão,, mineira. :Passais, prazo, plames, picota, ponte velha(S.Sebastião,) ponte nova,presa das Fidalgas, poldres, pombal. :Quinta do boco, quinta do varanda, ( hoje quinta da Teja) quinta do Robisco,

:Raposas, rosmaninho, regada, ribas,regadinhas. :Soito longal, safrial, soito das Freiras. :Tapada grande, tapadas(ribeira), tornadoiro, trigueiras, tomadia, talégre, tapada do morgado, tapada dos Santos. :Vale azedo, varela, Vale do Ferreiro, vale da frade, vale do Martinho, vinha. ****************************************

sábado, 18 de abril de 2009

JOGO DA MACACA


A da esquerda, que só os mais antigos( as) devem conhecer, era mais conhecida pelo nome de "macaca grande" a outra apareceu mais tarde, e eu lembro-me que quando ela apareceu , chamavam-lhe a macaca da Mendo Gordo, porquê não sei, talvez porque a professora era de lá e foi talvez ela que que nos ensinou a jogar !!!!!!.
As regras penso que seriam idênticas para as duas .
******************************************* MATERIAL: Uma pedra lisa. Tintas para desenhar a macaca no chão TERRENO: Um local de terra ou cimento onde se possa desenhar NÚMERO DE PARTICIPANTES: Seis a doze jogadores OBJECTIVO: Deitar a pedra dentro de cada casa. Saltar a casa onde está a pedra sem a pisar. Saltar as casas ao pé-coxinho apanhar a pedra sem cair e não pisar as riscas. JOGO: Desenhar a macaca no solo, com um objecto pontiagudo ou com giz. Numerar as casas de um a oito. O espaço em volta da casa número um é a terra, e o espaço número oito é o céu. A primeira criança lança a patela, para a casa número um. Se a patela tocar no risco ou sair para fora, a criança perde a vez, e jogará a seguinte. Se a patela ficar dentro da casa, a criança terá que fazer o percurso para a apanhar. Esse percurso consiste em saltar ao pé-coxinho de casa em casa, excepto na que tem a patela. Nas casas três/quatro e seis/sete, a criança terá que saltar com os dois pés ao mesmo tempo. Chegando às casas seis/sete salta, rodando no ar, sobre si mesmo caindo nas mesmas casas. Reinicia agora o percurso inverso até chegar à casa anterior, que tem a patela e apanhá-la, equilibrando-se apenas num pé. Se a criança conseguir alcançar de novo a terra, volta a lançar a patela, desta vez para a casa número dois, e realiza novamente o percurso. Se falhar, passa a vez à criança seguinte, e na próxima jogada partirá da casa onde perdeu.Todas as vezes que o percurso for realizado da casa um à oito, a criança terá de fazer o percurso novamente, mas agora no sentido inverso, ou seja, do céu até à casa número um. No entanto, neste percurso inverso, a criança salta apenas até à casa onde está a patela. Por exemplo, se a patela estiver na casa número dois, o jogador vai até às casas três/quatro, apanha a patela e volta para o céu. Caso contrário, cede a vez ao colega. Nas casas que já estiverem assinaladas, só o jogador que lá tiver o nome é que as pode pisar, ou caso tenha a permissão do dono dessa casa.É de salientar que quando uma criança perde numa determinada casa, quando voltar a jogar é dessa casa que recomeça. O jogo termina quando todas as casas estiverem assinaladas, isto é “está feita a macaca”. Ganha o jogador que possuir mais casas, ou seja, mais macacas.
................................................................................. fonte: top 4 Eventos e jogos tradicionais Portugueses

sábado, 11 de abril de 2009

EQUIPA DE FUTEBOL DO TERRENHO 1956

Agora só falta reconhece- los e por-lhes um nome a cada um, o que não vai ser fácil. Pelas informações que tenho, também faziam parte desta equipa alguns rapazes de Casteição.
Se reconhecem alguns deles não hesitem, mandem os nomes.
Foto: enviada pela Mara autora do blog de Casteição.
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De pé: o terceiro a contar da esquerda, será o sr João Ribeiro e o penúltimo o Luís ( do Zé da Luísa) ou um dos seus irmãos.
Na frente: O segundo a contar da esquerda, o Luís Amado (novo)

sexta-feira, 10 de abril de 2009

QUINTA FEIRA DOS COMPADRES E DAS COMADRES


E um jogo que deixou muito boas recordações : 

A celebração do dias dos "Compadres" e das "comadres" apresenta-se apenas como um jogo ou sorteio de
nomes, tendo em vista, expressa ou indirectamente, o estabelecimento de relações de parentesco cerimonial precário entre os que a sorte associou-- de sugestão amorosa, como um género de augúrio de noivado ou casamento, ou, outras vezes, de compadrio especial.[...]
Assim sucede, em pequenas reuniões em casa de uns e de outros, as raparigas no dias das "comadres" e os rapazes no dia dos "compadres", fazem casamentos de ocasião, que se distinguem dos habituais "casamentos carnavalescos porque são determinados exclusivamente pelo acaso : colocam-se num saco, bilhetes com os nomes dos rapazes disponíveis, e, noutro, bilhetes com os nomes das raparigas nas mesmas condições; duas pessoas vão tirando às vezes esses bilhetes, uma do saco dos rapazes e outra dos das raparigas, que assim acasalados, ficam sendo "compadres" e "comadres". Geralmente no dia dos "compadres,", "buzina-se" primeiro o nome das raparigas,depois o nome dois rapazes " ficando as pessoas "compadres" e "comadres até ao dia das "comadres do ano proximo.[...]
O jogo dos "compadres" e das "comadres" termina em sábado de Aleluia, em que os rapazes presenteiam as raparigas com amêndoas [...]


BOA PASCOA PARA TODOS

domingo, 5 de abril de 2009

QUINTAIS TERRENHO

Obrigado a todos os que ainda fazem o esforço de manter os quintais, como aqui vemos e que nos dão a oportunidade de apreciar estas paisagens, sobretudo para aqueles que teem uma janela neste lugar.

sábado, 4 de abril de 2009

JOGO DAS PEDRINHAS

MATERIAL: 5 pedrinhas JOGADORES:Número variável OBJECTIVO: apanhar as pedrinhas. JOGO: Jogo praticado quase exclusivamente por raparigas, utilizando cinco pequenas pedrinhas arredondadas como material. O jogo desenvolve-se da seguinte forma: Escolhe-se o local do jogo, que pode ser ao nível do chão, num degrau de escada, ou na soleira da porta. Depois de estabelecida a ordem de saída, com os jogadores dispostos em círculo inicia-se o jogo; as cinco pedrinhas são lançadas ao chão de forma a ficarem o mais juntas possível. O jogador agarra uma pedrinha, lança-a ao ar e apanha-a sem a deixar cair. Entretanto teve que tirar do conjunto que está no chão uma pedra e apanhar, com a mesma mão, a que está em queda. Junta novamente as cinco pedrinhas e lança-as de novo ao chão. Repete a operação anterior, só que, quando lança a pedrinha ao ar, em vez de apanhar uma pedra terá de apanhar duas. Prossegue, até às cinco, caso consiga desenvolver as acções com êxito. Se falhar dá a vez a outro jogador. Quando voltar a jogar, recomeça na situação que tinha falhado. Após terminado o último lançamento, terá que pegar nas cinco pedras, lançá-las ao ar e tentar apanhá-las nas costas da mão. Ganhará quem conseguir ficar com o maior número de pedras nas costas da mão. Fonte: jogos tradicionais Portugueses

quinta-feira, 2 de abril de 2009

JOGO DO LENÇO (Lencinho à mão)

  Mais de seis crianças colocam-se em roda, com as mãos atrás das costas. Uma outra criança, escolhida anteriormente, corre à volta e por fora da roda feita pelos colegas com um lenço na mão. O centro da roda é o local de castigo: o choco.Ninguém na roda pode olhar para trás, podendo apenas espreitar por entre as suas pernas quando o jogador com o lenço passa. Quando a criança que tem o lenço entender, deixa-o cair discretamente atrás de um dos companheiros da roda e continua a correr.Se, entretanto, o colega da roda descobrir que o lenço está caído atrás de si apanha-o e tenta agarrar o outro que, continuando a correr, tenta alcançar o lugar que foi deixado vago na roda pelo primeiro. Se não o conseguir agarrar, continua o jogo, correndo à volta da roda e indo deixar o lenço atrás de outro. Se o conseguir agarrar, o que corria de lenço na mão vai de castigo para o choco, sendo a “pata choca”. No choco, tem de estar de cócoras.Pode acontecer que a criança da roda não repare que o lenço caiu atrás de si. Se assim acontecer, a que corre, depois de dar uma volta completa à roda, alcança o lenço no local onde o deixou cair. Neste caso, passa o primeiro para o choco tornando-se a “pata choca”. A criança que corria com o lenço na mão continua, deixando cair o lenço atrás de outro.Aquele que avisar outro que o lenço está atrás de si vai igualmente para o choco. Um jogador só se livra do choco quando um outro jogador para lá vai (no choco só pode estar uma “pata choca”). Também se livra do choco se conseguir apanhar o lenço caído atrás de alguém. Neste caso, esse alguém vai para o choco. Embora seja mais difícil de acontecer, quem corre com o lenço na mão pode deixá-lo cair dentro da roda, atrás da “pata choca”. Esta deve apanhar o lenço, como qualquer criança da roda e perseguir o outro, saindo pelo buraco por onde foi atirado o lenço. Se apanhar o corredor, passa este para o choco. Se não o apanhar, continua o jogo com o lenço na mão, entrando o outro na roda. Se o corredor der uma volta inteira antes da “pata choca” ter apanhado o lenço, esta passa a dupla “pata choca” e deve levantar um braço. Se passar a tripla, deve levantar os dois braços e se passar a quádrupla, levanta os dois braços e uma perna. Este último caso é muito difícil de acontecer. É vulgar que a criança que corre cante, repetidamente, uma das seguintes estrofe: "O lencinho está na mão,Ele cai aqui ou não,quem olhar para trásleva um grande bofetão.” ou “ O lencinho vai na mão,vai cair ao chão,quem olhar para trásleva um grande bofetão” ou “ Lencinho cai cai,ele está para cair,Quem olhar p'ra trásleva um bofetão” 


: Retirado da página do Centro de Formação de Entre o Paiva e Caima